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Irmãos são mortos a facadas

SÃO PAULO - O Grupo de Operações Especiais da Polícia Militar encontrou nesta manhã os corpos dos dois adolescentes desaparecidos desde domingo na Serra da Cantareira. Segundo o capitão Luiz Renato Fiori, os corpos estão mutilados e apresentam diversas perfurações, possivelmente, feitas por uma faca. Há suspeitas também de que os irmãos Josenildo, 13 anos, e Francisco de Oliveira, 15 anos, possam ter sofrido violência sexual.
Os corpos foram achados por volta das 11h30 desta terça-feira a 1,5 km do local onde eles entraram na mata da Serra da Cantareira. O local, segundo moradores, seria muito usado por adeptos de magia negra e até ossos já haviam sido achados por lá.
Os corpos encontrados pelo Grupo de Operações Especiais da PM devem ser levados ao final da tarde para o Instituto Médico Legal (IML) para uma perícia completa.
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MENINA DE QUATRO ANOS É MORTA BRUTALMENTE

A morte inexplicada de Amanda

Vizinho que confessou assassinato de menina diz que a “amassou como uma latinha”

A menina de quatro anos se aproxima na bicicleta amarela. Quer brincar. O vizinho, transtornado pela cocaína e por quatro pedras de crack, a manda embora. Ela não vai. Larga a bicicleta e segue ao encontro do rapaz de 25 anos, perto de um matagal, nos fundos da casa dele. Minutos depois, a mão tatuada de Vanderlei aperta seu pescoço, até que ela fique sem ar. “Foi como amassar uma latinha”, diz.Essa é a versão de Vanderlei Farias Leal, suspeito de matar Amanda da Silva em Balneário Piçarras, no Litoral Norte, na tarde de terça-feira. Preso, ele confessou o crime e deve ser interrogado novamente hoje. Ontem, a menina foi sepultada, entre lágrimas e protestos. Nas ruas de casas simples do bairro Querosene, só se fala na frieza de Vanderlei, que ajudou o pai de Amanda, seu conterrâneo Adão, a procurá-la. Os dois são de Ivaiporã (PR).A criança sumiu às 15 horas de terça. “No outro dia de manhã ele veio pedir uma foice. Disse que ia procurar no mato. Foi direto lá. Como ia saber chegar?”, questiona Valdinéia Aparecida Gimenes, mãe da menina. Desconfiada, ela chamou a polícia. “Ele não incomodava ninguém. Brincava com as crianças. Nunca arrumou confusão”, dizem os vizinhos. Temendo agressões na delegacia, Vanderlei demonstra frieza e medo. “Nunca fui de briga. Meu problema é a droga”. Cerca de R$ 100,00 dos R$ 250,00 que ele recebia por mês como catador eram para as drogas.Ele morava de aluguel (R$ 50,00 mensais) num quartinho noutra casa tão humilde quanto a de Amanda. Tanto a dona da casa quanto o homem que o trouxe do Paraná estão arrasados. A família de Amanda vai deixar a cidade.A reconstituição deve ocorrer “quando a comunidade estiver mais calma”, segundo a polícia. Em dez dias, o inquérito deve chegar ao Ministério Público. Até lá, o laudo com a causa da morte deve estar concluído. A hipótese da polícia é estrangulamento.
rodrigo.stupp@an.com.br

“Isso não é um homem. Ele tem uma pedra no lugar do coração.” Valdinéia Gimenes, a mãe.

“Fico sem saber como ele andou comigo o tempo todo, batendo nas casas atrás dela.”Adão da Silva, o pai.

"Eu sou um monstro"
Viciado assumido em drogas desde os nove anos, o paranaense Vanderlei Farias Leal, 23 anos, mora desde o início do ano em Balneário Piçarras. Ele ainda não contou aos pais o que confessou à polícia. Isolado numa cela, tem medo de ser agredido por outros presos, e não cogita reencontrar os familiares de Amanda.
A Notícia – Você a matou?Vanderlei Farias Leal – Sim, eu matei. Estou arrependido com o que fiz. Não sei o que houve...
AN – E por que fez isso?Vanderlei – Era a droga. Sobe para a cabeça, e eu vi tudo embaçado... Eu vi um corpo de mulher na minha frente... achei que fosse uma mulher.
AN – Você a agrediu? A violentou sexualmente, tentou fazer isso?Vanderlei – Não, não fiz isso. Eu não fiz isso (repete seguidas vezes).
AN – Mas ela tinha hematomas no rosto...Vanderlei – Eu arrastei ela no mato. Pode ser que tenha batido em alguma árvore, alguma coisa que não vi.
AN – Onde você a matou? Lá dentro do matagal?Vanderlei – Eu estrangulei ela perto da casa. Até ela parar de respirar. Depois levei pra dentro do mato, mas não sei se estava viva.
AN – Se não queria agredir, pra que levar tão longe da casa?Vanderlei - Eu queria enterrar, mas não consegui. (Abaixa a cabeça por alguns instantes)
AN – Como você vê o que confessou ter feito?Vanderlei – Eu sou um monstro. Se eu pudesse voltar atrás... (pausa, olhar para baixo). Se fosse o pai dela, eu teria vontade de matar quem fez isso. Mas agora preciso pagar pelos meus crimes.

MORTE NO TRÂNSITO

Uma mulher de 51 anos morreu nesta sexta-feira após ser arrastada por cerca de 150 metros no Rio de Janeiro. A enfermeira Virgínia Sant'Anna de Almeida foi atropelada na noite desta quinta-feira após fuga de uma quadrilha criminosa que roubava quatro carros. Ela perdeu os dedos da mão, teve parte de couro cabeludo arrancado e fraturas múltiplas pelo corpo. A vítima foi internada em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos.


As circunstâncias reais sobre o acidente ainda não foram esclarecidas. De acordo com investigações da polícia, a enfermeira estava em pé na calçada perto de casa em Del Castilho, no subúrbio do Rio, e foi arrastada por um Fiat Palio branco. A delegacia ainda se investiga se ela foi atropelada por bandidos ou por um motorista que tentava escapar da ação dos ladrões. A ação dos bandidos começou no Méier, no subúrbio do Rio. Policiais localizaram o grupo e começou a perseguição por vários bairros da zona norte. A quadrilha se dividiu e a PM conseguiu prender Paulo Ricardo Silva de Almeida, 20 anos. Com ele, os policiais apreenderam uma arma calibre 32 com todas as cápsulas já usadas. Outra parte seguiu para Del Castilho, onde Virgínia foi atropelada na rua Bamboré, onde mora. Segundo os investigadores, outros dois suspeitos conseguiram fugir e roubaram um Fiat Uno.